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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Azeite de Oliva: quanto mais novo melhor!

Olá queridos! Segundo post hoje; estava pensando o dia inteiro sobre o que escrever, até comentei com um amigo meu, que eu queria colocar algo sobre alguma receita desastrosa, ou uma frutinha exótica da Austrália, porém, pensei que algo de tal porte era um tanto agourento demais para começar com meu blog, mas não se preocupem, as receitas desastrosas virão, assim como os ingredientes exóticos.
Então, hoje iremos a algo um tanto mais sofisticado e elevar nossa habilidade culinária, ou como dizem os chefs: cuisine, então vou comentar (nada ácido :B) sobre o azeite de oliva, algo de textura,sabor,aroma  e aparência incríveis, e, que dão um toque de sofisticação em qualquer prato. Wooow. Estava folhando algumas de minhas edições da revista Menu (grande companheira, beijo Solange Souza!) e vi uma incrível reportagem sobre o azeite de oliva, tal e qual me apaixonei pelo assunto, me reciclei sobre ele, e, aqui estão algumas dicas de como utilizar e classificar os melhores azeites de oliva:
I – os azeites, podem ser mais picantes ou suaves, dependendo de quando se dá a colheita(no inicio produz-se azeites mais verdes, de paladar mais picante; colheitas mais tardias resultam em azeites mais simples) (hãã esses não servem pra mim :D). A preferência do brasileiro  assim como a dos americanos, é, de um azeite mais suave. Os espanhóis, em especial os portugueses preferem azeites mais picantes.
II – ao contrário do que acontece com o vinho, o azeite de oliva deve ser consumido logo. Em geral, o prazo de validade deve ser de um ano e meio em condições ideais de armazenamento.
III – o grau de acidez do azeite aumenta conforme as condições de temperatura e armazenamento. Portanto, a garrafa deve ser escura e guardada em local fresco e escuro. Apesar da lata proteger mais, caso seja furada para o consumo, a oxidação ocorrerá rapidamente. Nesse caso prefira embalagens que tenham bico dosador.
IV – na hora de utilizar um azeite extravirgem, prefira adicioná-lo ao alimento pronto ou em saladas, para aproveitar toda sua riqueza de aromas e sabores.
Um tanto complicado, porém se você está numa cozinha praticamente a maio parte do tempo, isso não é mais tão complicado, acredite, se você não cozinha experimente aos poucos com alguma receita simples e veja que ao finalizar o prato vai sentir sua auto-estima subir :D.
Mas não vou parar  de digitar ainda não, ainda falta a gostosura, já que minhas raízes italianas gritam vou apresentar uma receita da nonna (porcoziu!) e então: Baccalà alla Vicentina, não deixe o nome te assustar, você pode fazer com o bacalhau mais barato que puder comprar (essa vai pra você Jean, que me disse para postar sobre ingredientes mais acessíveis MUHAHA (6)).
No Veneto, norte da Itália, ao contrário de outras regiões, denomina-se baccalà outros peixes secos como o Stoccafisso, a merlusa e o próprio bacalhau. Trata-se de um lapso lingüístico, segundo minha nonna, perdoável, já que os habitantes dessa região amam esse prato, que deixou de ser um alimento de penitência e passou a ser uma verdadeira iguaria e um dos símbolos de Vincenza.
Confira o preparo do prato símbolo de Vincenza, que usa o tipo simples de bacalhau e não o lombo do “verdadeiro” bacalhau. O Segredo de seu preparo, é o loooongo tempo de cozimento. Tradicionalmente acompanha-se esse prato com polenta (yuk!), de preferência a branca.
Baccalà Allá Vicentina:
Ingredientes para 8 pessoas;
Preparo: 4h e 25min.
Ingredientes: 
600-700g de bacalhau dessalgado (2 filés do tipo mais simples)
2 cebolas médias em rodelas
Azeite de oliva
2 dentes de alho
50g de anchova em conserva
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
Leite integral
Sal e pimenta-do-reino a gosto.
Método de Preparo ;p
1.       Refogue a cebola numa frigideira com ½ xícara de azeite, até ficar macia. Pique os dentes de alho e reserve. Junte as anchovas ao refogado de cebolas e deixe tomar gosto, mexendo de vez em quando (minha mãe me disse pra não colocar “de vez em quando” e sim colocar “alternadamente” ;O). No final, adicione a salsinha e o alho.
2.       Limpe o bacalhau, eliminando as eventuais espinhas (compre um bacalhau limpo e sem escamas for godness sake). Coloque-o sobre uma placa de polipropileno ou tábua de vidro e tempere com a pimenta-do-reino. Polvilhe com um pouco de farinha de trigo e com o queijo parmesão.
3.       Distribua sobre os filés de bacalhau o refgado de cebolas e anchovas, formando duas fileiras no centro de cada um deles(1). Em seguia, enrole o bacalhau partindo um dos lados, fechando bem para prender o recheio.
4.       Amarre os rolos com algumas voltas de barbante de cozinha, deixando um espaço de cerca de 4cm entre uma e outra. Corte o bacalhau, em pedaços, tomando cuidado para que a parte amarrada fique no centro de cada pedaço(2).
5.       Transfira os pedaços de bacalhau para uma panela (de preferência a uma de barro, pois o cozimento é mais uniforme devido à difusão de calor), colocando-os um 0ao lado do outro sem sobrepô-los. Regue com bastante azeite de oliva e com o leite(3), o suficiente para cobrir o bacalhau completamente.
6.       Leve ao fogo baixo, tampe a panela e cozinhe por 4h. durante todo este tempo, a fervura deve permanecer bem mínima. “alternadamente” (uhuuuuuuul mãe), dê uma sacudida na panela sem mexer. Antes de retirar do fogo, acerte o sal se necessário.


lhes dizer que minha nonna disse a seguinte frase:
-antes de a nonna morrer a nonna ainda vai fazer um Baccalà Allá Vicentina que preste e vai ficar melhor do que o seu, Elisa (Elisa é a minha mãe, ela é formada em diversas faculdades na área de alimentos e é uma chef excelente, ela vai apresentar brevemente aqui no Kitchen Craftin’ o “faça sua reserva” uma coluna interessante sobre bons restaurantes.), poretta de metosetta da nonna, ela não tem a paciência de esperar pelo cozimento.
Posso lhes dizer que Baccalà Allá Vicentina tem uma textura um tanto diferente da qual estamos acostumados, porém é próxima a maciez tensora de um mingau mas com um toque de rigidez como o do strogonoff com aqueles pedacinhos de frango, o paladar apurado, consegue captar as notas do leite e do azeite que devem ser adicionas em fio e em quantidades iguais para manter o equilíbrio.
Espero que tenham gostado, e lembrem-se quando se trata de paladar, eu Calandro, entendo muito bem.

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